Nos últimos dias o medicamento Zolpidem tem sido foco de muitas críticas populares. Isto porque, um paciente sob efeito do fármaco adquiriu dois pacotes de viagem para a Argentina, no valor de R$9mil, e, no dia seguinte não se lembrava de nada.
Muito especulou-se sobre o fato, se seria ou não possível. Ou até mesmo se o jovem teria como justificar o cancelamento por conta da medicação ou não.
Distanciando-se das questões que envolvem a curiosidade, o importante deste caso é compreender realmente os efeitos que o remédio possui e se ele é ou não seguro para a utilização.
Para isso, hoje iremos tratar especificamente sobre o Zolpidem, bem como falar sobre como ele atua, indicação e efeitos colaterais. Acompanhe:
O que é o Zolpidem?
O Zolpidem trata-se de um medicamento que tem como princípio ativo o Hemitartarato de Zolpidem, um hipnótico do grupo das imidazopiridinas com propriedades relaxantes, sedativas e até mesmo ansiolíticas.
Amplamente utilizado em todo o mundo no combate da insônia, este tipo de medicamento requer, com obrigatoriamente, o receituário médico para ser comprado nas farmácias.
Vale ressaltar que, embora seja controlado, é uma medicação segura que está nos mercados desde 1988. Sendo, inclusive, utilizada por médicos de todo o mundo sem grandes problemas. Todavia, assim como todo medicamento, ele também possui suas indicações e contraindicações.
Entenda como a medicação age no organismo
Resumidamente, o Zolpidem trata-se de um medicamento de ação rápida. Após cerca de 30 minutos da ingestão, os efeitos já podem ser percebidos, a indução do sono ocorre e espera-se que o paciente tenha uma noite de sono plena.
A absorção do Zolpidem é feita no aparelho gástrico, de onde passa a circular por todo o corpo até chegar ao seu foco principal, que é o cérebro. Por sua vez, é no cérebro que ocorre a liberação de hormônios que posteriormente, induzirão o sono.
Para que isso aconteça, o Zolpidem reduz o estado de consciência. Isso significa que o paciente passa a sentir-se mais relaxado, e dependendo de cada organismo, até ter algumas breves alucinações.
Por conta desta reação, indica-se que o medicamento seja sempre tomado quando o paciente já estiver na cama, pronto para dormir.
A quem é indicado
Na maioria das vezes, os médicos psiquiatras receitam este tipo de medicação para pacientes que enfrentam problemas de insônia. Entretanto, normalmente é indicado para tratamentos de curta duração, não sendo indicado para longo prazo.
Embora seja utilizado como parte do tratamento para insônia, há casos também que ele é utilizado para fins off label, ou seja, que não estão descritos na bula.
Neste contexto, a literatura referente ao medicamento indica que ele também pode ser útil na restauração das funções cerebrais de pessoas em estado vegetativo após lesões cerebrais.
Conheça os possíveis efeitos colaterais e contra indicações
Resumidamente, o Zolpidem é um medicamento contraindicado para pessoas que sofrem de doenças renais, hepáticas, miastenia, problemas respiratórios, que estiverem grávidas ou amamentando, bem como menores de 18 anos.
Além destas contraindicações, ainda devem ser observados os efeitos colaterais que podem aparecer. A sonolência é o efeito esperado, porém, se o paciente não estiver preparado para dormir, ela pode se tornar um problema.
Dores de cabeça, sensação de boca seca, dores abdominais seguidas – ou não – por vômito e diarreia e cansaço extremo também são reações comumente observadas por pacientes que fazem uso da medicação.
Também são comuns sintomas como visão turva, tremedeiras, suor em demasia, dificuldade ao andar, dores nas articulações e nos músculos. Embora não sejam incomuns, estas reações devem ser observadas um pouco mais de perto.
Deste modo, qualquer mudança de comportamento ou desconforto, após tomar este ou outro tipo de medicação, deve ser informada direta e imediatamente ao médico responsável pelo tratamento.
Considerando tudo o que foi exposto no decorrer deste artigo, embora não seja comum, o Zolpidem pode causar alucinações e fazer com que o paciente haja “no piloto automático”.
Apesar disso, trata-se de um medicamento completamente seguro e eficaz. Desde que, é claro, seja administrado corretamente.
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