Você sabe quais são os sintomas da depressão? Ou ainda, sabe o que de fato é depressão? Bom, a depressão é uma doença psiquiátrica que merece atenção e cuidado. Apesar de muitas vezes não ser tão evidente para todos, pode ser até mesmo fatal na vida de quem é acometido por ela.
De acordo com a Organização Pan-Americana de Saúde, estima-se que cerca de 300 milhões de pessoas sofram com o transtorno no mundo todo. Logo, com ou sem motivo aparente, a depressão pode, de fato, arruinar a existência de milhares de pessoas, se não for tratada.
A boa notícia é que, por ser um tema muito estudado e avaliado há anos, atualmente a depressão é uma doença facilmente passível de diagnóstico e tratamento. Mesmo assim, isso não diminui a necessidade de preocupação com o problema. Muito pelo contrário: por ser sujeita a tratamento, deve ser logo investigada e para fins de cura.
Infelizmente, a depressão é um transtorno que afeta a vida diária de quem é acometido por ela, influenciando também a capacidade de trabalhar, estudar, dormir, comer e até mesmo ao usufruir da vida. Segundo os diversos estudos, a depressão pode ser causada por uma combinação de diversos fatores, incluindo os de origem biológica, genética, ambiental e psicológica.
Considerando tais aspectos, a depressão pode acometer milhares de pessoas, sem necessariamente apresentar os mesmos sintomas, nível de gravidade, frequência e duração. Pensando nisso, vamos abordar no decorrer deste artigo os principais sintomas da depressão. Confira!
O que a depressão pode causar no corpo?
Conhecida principalmente por seus sintomas mais padronizados, a depressão pode acarretar muitos prejuízos para o paciente. Além do cansaço em demasia, observa-se uma grande frequência de queixas sobre o sono, altos índices de raiva e irritabilidade, além de desinteresse por atividades cotidianas que proporcionavam prazer antes do adoecimento (aqui pode incluir-se até mesmo a atividade sexual).
Problemas físicos como dores de cabeça, dores crônicas e até mesmo dores generalizadas que não passam com medicamentos que normalmente resolviam o problema, são alguns dos exemplos do que a depressão pode fazer com o corpo.
Também é comum observar uma diminuição da memória, bem como uma fuga dos problemas por intermédio do consumo de álcool e ilícitos (o que resulta em piora do quadro). A automutilação e os pensamentos suicidas também são sintomas da depressão e constituem o estágio mais alto e perigoso da situação como um todo.
Vale destacar que os sintomas da depressão podem variar de acordo com o tipo e nível da patologia. Portanto, para que você compreenda melhor quais são os sintomas, vamos abordar os tipos e os sintomas que os acompanham.
Principais tipos e sintomas da depressão
Apesar de muitos dos sintomas serem comuns à maioria dos tipos de depressão, algumas características os diferenciam de forma bastante importante. Cada cenário tem suas peculiaridades, logo, é primordial que sejam avaliados para que o tratamento e a abordagem ideais sejam aplicados. Embora não seja possível identificar com maior clareza alguns dos sintomas por pessoas leigas, muitos outros podem sim. Observe:
Depressão maior
Em geral, a depressão maior é o tipo mais recorrente na população. Este tipo de depressão possui como característica essencial a necessidade de perdurar ao menos 2 semanas e a facilidade de observar o fator desencadeador.
Dentre os diversos sintomas que apresenta, dois são essencialmente necessários para que o diagnóstico seja fechado: humor deprimido e diminuição/perda de interesse (prazer) por atividades que antes eram interessantes ao paciente.
Juntamente desses dois traços, também pode-se observar oscilação grande de peso, seja para mais ou para menos. Também são observados sintomas como: distúrbios do sono; fadiga em demasia; agitação ou lentidão motora e dificuldade de concentração.
Depressão sazonal
Já a depressão sazonal não é um tipo muito popular aqui no Brasil ou em países considerados tropicais. Isso porque, a depressão sazonal tende a afetar normalmente pessoas em regiões mais frias do nosso planeta. Mais precisamente, a depressão sazonal é crescente durante o inverno, onde há pouca luz natural e o escuro perdura por longos períodos de tempo.
Os sintomas da depressão sazonal consistem em: ansiedade; baixa autoestima; apatia; desejo por dormir mais; dificuldade de concentração; falta de apetite sexual; dores no corpo e aumento do peso sem intenção.
Distimia
A distimia é qualificada por sintomas mais leves, quase imperceptíveis que tendem a durar por 2 anos ou mais. Um dos principais sintomas da depressão distímica é o excesso de irritabilidade.
Por conta deste prolongamento de sintomas, é comum que o paciente os confunda com sua própria personalidade e jeito de ser. O que consequentemente se torna um fator de piora, já que o paciente tende a demorar em identificar os sintomas e buscar ajuda especializada, postergando assim, diagnóstico e tratamento.
Além dos sintomas mencionados, na distimia também se apresentam sintomas como: alteração de apetite; disfunções de sono; excesso de fadiga; dificuldade de concentração; desesperança e baixa autoestima.
Depressão psicótica
Por sua vez, a depressão psicótica é caracterizada principalmente por ter junto de uma depressão maior um diagnóstico de psicose. Isso significa que o paciente tem, além dos sintomas comuns da depressão, delírios e alucinações.
Também são observados com bastante frequência sinais como conduta alterada; postura infantilizada e até mesmo sentimento de perseguição.
Depressão pós-parto
Quanto à depressão pós-parto, esta é uma variação da patologia muito específica. Uma vez que acomete principalmente mães no estágio do puerpério. Os sintomas da depressão pós-parto incluem uma tristeza tão grande que pode inclusive colocar em risco a vida da mãe e do bebê. Normalmente, inicia-se logo após o parto e pode perdurar por meses ou anos.
Por ser esse ser um período importante no início da relação materna, a depressão pós-parto pode acarretar uma série de danos futuros pela falta de criação de vínculos. Um dos principais sintomas percebidos é a vontade real de fazer algum mal para o bebê ou para si mesma. Por isso, mostra-se tão necessário e urgente a busca por ajuda.
Depressão atípica
Por fim, e não menos importante, temos a depressão atípica. Embora seja chamada de depressão atípica, este tipo de patologia é tão prevalente quanto os demais aqui apresentados. Todavia, a principal diferença entre os demais, está nos sintomas apresentados e na significativa piora destes ao final do dia. O que resulta também em um humor mais sensível e irritável.
Ao contrário dos outros tipos, os sintomas da depressão atípica não incluem a sonolência em excesso, mas sim sua escassez, ou seja, insônia. O mesmo ocorre com a alteração na alimentação, enquanto a maioria das depressões causa a perda da vontade de comer, na depressão atípica o oposto é observado, fazendo com que o paciente acometido coma muito mais do que o desejado.
Quando buscar por ajuda?
Em conclusão, sempre que houver uma mudança do quadro de humor que não for temporária, deve-se ligar o sinal de alerta. Se essa situação for se estendendo e chegar a 15 dias, o primeiro indício de que pode ser um quadro de depressão está dado.
Apesar de ser muitas vezes silenciosa, a depressão pode levar à estafa do corpo, trazendo tantos prejuízos que, não poucas vezes, resulta em machucados para si mesmo, para os outros ou até a morte.
É importante destacarmos que como os sintomas podem ser comuns em alguns tipos, somente um especialista é capaz de determinar o diagnóstico e o tratamento mais adequado considerando o quadro apresentado.
Deste modo, se você está ou conhece alguém que esteja apresentando alguma dessas manifestações, não hesite em procurar o profissional médico para que a intervenção seja feita o mais breve possível. Depressão tem cura e a busca pelo tratamento pode mudar a sua vida.
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