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Doenças psiquiátricas hereditárias: mito ou verdade?

Doenças psiquiátricas podem mesmo ser hereditárias? Será que realmente é possível que algumas doenças mentais sejam trazidas no nosso gene?

O que você vai ver neste artigo:

De uma forma em geral, as doenças psiquiátricas, ainda que bastante comuns, permanecem com muitos mitos e tabus rodando sobre si. Isso significa que, ainda em 2022, podemos observar muita desinformação por conta de ignorância e/ou preconceito.

Para tanto, hoje iremos desmistificar um pouco as questões que rondam sobre a hereditariedade de algumas delas. Neste sentido, a grande dúvida que ronda é, as doenças psiquiátricas podem ser hereditárias, ou seja, trazidas no nosso gene?

Não à toa, desde que o homem descobriu que pode através de certas tecnologias e combinações, rastrear determinadas doenças ou ainda saber se somos mais ou menos suscetíveis a desenvolver tais enfermidades, a busca por estas técnicas cresceram exponencialmente.

Entretanto, é muito importante lembrar que, até as já pacificamente estudadas, abrem espaço para mais interpretações.

Com isso em pauta, é importante deixar destacado desde já que: predisposição genética não significa confirmação de diagnóstico. Afinal de contas, para que se tenha um diagnóstico assertivo, é preciso que se apresentem sintomas entre outros fatores.

Dito isso, vamos descobrir no decorrer deste artigo se a hereditariedade pode ser a origem das doenças psíquicas, bem como outras informações de suma importância sobre o assunto. Acompanhe:

A hereditariedade pode ser a origem de doenças psiquiátricas?

Hoje já se sabe que as doenças psiquiátricas podem se desenvolver por uma série de fatores. Até o momento, os aspectos ambientais e a genética são apontados como os principais. Ou seja, tudo o que se vivencia, as relações, os traumas e até as substâncias de que se fez uso em algum momento da vida, influenciam de forma direta no desenvolvimento ou não das doenças da mente.

Isso significa que duas pessoas com a mesma herança genética podem ter desenvolvimentos distintos das enfermidades. Por exemplo: duas irmãs, filhas de mesmo pai e mesma mãe, sendo ele depressivo, podem ser uma portadora de depressão e a outra, não.

Isso acontece porque, embora ambas tenham a mesma probabilidade hereditária de desenvolver a doença, cada uma tem a sua vida exposta a fatores ambientais únicos.

A discussão sobre doenças psiquiátricas podem ser hereditárias é antiga e ainda hoje há controvérsias. Mas será mesmo que elas são hereditárias? Entenda!
Doenças psiquiátricas hereditárias: mito ou verdade?

Doenças psiquiátricas podem ser hereditárias?

Assim como em diversos aspectos, os estudos sobre a hereditariedade e sua influência no “hoje”, nunca param. Afinal, este é um assunto ainda longe de ser completamente compreendido pela humanidade, que segue sedenta por cada vez mais respostas.

Quanto às doenças psiquiátricas, existem algumas respostas até o momento que permitem que tenhamos uma boa noção sobre alguns fatos.

Sabemos, por exemplo, de algumas doenças que podem sim ter interferência da carga genética no seu desenvolvimento. Logo, é exatamente das doenças psiquiátricas poderem ser hereditárias que iremos tratar neste tópico. Confira:

Depressão

Resumidamente, a depressão é, entre as doenças psiquiátricas, uma das mais conhecida popularmente. Todavia, é importante frisar que embora comum, isso não a torna menos séria ou ainda indica que ela necessite de menos atenção, muito pelo contrário!

Conhecendo a importância do tema, não são poucos os estudos relacionados ao assunto. Não à toa, descobriu-se que alguns tipos de depressão são genéticos e que familiares de primeiro grau, possuem de 2 a 3 vezes mais chances de desenvolver a patologia do que se comparado com pessoas sem este histórico familiar.

Entretanto, como mencionado no início deste conteúdo, não necessariamente ter este indicador significa uma sentença definida. Afinal, isso por si só não significa que o paciente, de fato, será depressivo em algum momento de sua vida. Indica apenas que ele poderá ser, com uma chance um pouco maior que os demais.

Considerando todos estes aspectos, ter essa consciência e cuidar do ambiente em que se vive, controlando os fatores ambientais possíveis, é uma excelente forma de manter cada vez mais distante a probabilidade de adquirir a doença.

Dependência química

Pouco se fala sobre a dependência química ser uma doença, mas a verdade é que ela é. Neste contexto, são muitos os estudos que apontam alguns genes que corroboram com essa informação.

Diferentes estudos estao sendo realizados sobre as mais diferentes drogas, cuja análise envolvem os efeitos e possíveis contribuições na composição genética dos usuários e como isso afetará suas proles.

Na maioria dos estudos realizados fica evidente a possível predisposição hereditária quanto à dependência química. Isso acaba ficando ainda mais destacado quando são analisadas drogas sociais como o álcool até as mais pesadas como o crack. Nestas pesquisas, a hereditariedade foi apontada como uma possível causa para novos casos na família.

Capazes de passar adiante o vício e a alta susceptibilidade à vícios, eles são potencializados quando o meio em que a pessoa se desenvolve não é adequado.

Situações como procurar ter o contato com o objeto de dependência cedo (quanto menor a idade, maior a resposta), ter problemas de saúde mental e uma resistência grande aos efeitos da substância consumida são sinais de que os genes estão presentes.

Portanto, o cuidado com o ambiente nestes casos é de uma importância imensa. Proporcionar uma vida distante de substâncias potencialmente viciantes, mantendo uma vida saudável com atividades físicas e boa alimentação colaboram de forma essencial.

Transtorno bipolar

Caracterizado pela oscilação de humor, que alcança picos de mania, hipomania e depressão, o transtorno bipolar é uma doença que acomete uma grande parte da população mundial atualmente.

Tratado por psiquiatra, geralmente com a intervenção feita com medicamentos, a bipolaridade é uma doença séria com fatores genéticos bem identificados.

Os estudos atuais já conseguem identificar alguns dos genes dominantes nessa situação, mas eles também ressaltam que eles não são determinantes.

Possuir os genes indica que o indivíduo pode desenvolver o transtorno bipolar, mas não determina que ele, obrigatoriamente, terá. Isso acontece por conta da necessidade de combinação dos fatores genéticos com os ambientais.

Esquizofrenia

Por sua vez, entre as patologias já mencionadas, a esquizofrenia está entre as doenças psiquiátricas mais severas. Normalmente, ela é caracterizada pela incapacidade do paciente de diferenciar o real do imaginário.

Na prática, isso significa que a pessoa diagnosticada não consegue distinguir uma voz ouvida na sua cabeça da voz de uma pessoa que está na sua frente. Ou seja, para ele, ambos têm a mesma força e são de fato reais.

Quanto à hereditariedade, um estudo recentemente publicado pela revista Nature, revelou que existem ao menos 120 genes envolvidos com a esquizofrenia. Na prática, isso simboliza a relação casual entre genes e diagnósticos da patologia.

Considerando tudo isso, pessoas com essa pré-disposição, sempre que expostas a fatores ambientais de risco, aumentam de uma forma considerável sua probabilidade de desenvolver a enfermidade.

Diagnóstico e tratamento

De maneira geral, todo diagnóstico de doença psiquiátrica deve ser feito por um médico especializado, que no caso é o psiquiatra. Na maioria deles, o diagnóstico em consultório é suficiente para que ele consiga identificar a doença.

Entretanto, é importante destacar também que poderão ser solicitados testes genéticos e exames complementares sempre que parecer interessante para o desenvolvimento do tratamento ou identificação de quaisquer questões que ficarem dúbias.

No quesito tratamento, a psicoterapia é indicada, podendo ser acompanhada ou não de medicamentos. Todo esse planejamento é feito pelo psiquiatra, de acordo com a necessidade individual de cada paciente.

O mais importante de ressaltar diante de toda a condição que a carga genética traz consigo é que ela, sozinha, não define nenhuma das doenças. Sempre há uma alternativa, uma forma de se blindar, para que a doença não acometa o paciente.

Os bons hábitos estão no topo da lista. Logo, recomenda-se uma vida saudável, com alimentação balanceada, prática de atividade física e diminuição do estresse diário.

Se mesmo assim, os genes falarem mais alto, procure o quanto antes um médico. Ele irá ajudá-lo para que você não permaneça sem o controle da sua saúde mental.

Gostou de saber sobre Doenças psiquiátricas hereditárias: mito ou verdade? Para se aprofundar ainda mais em meus conteúdos você também pode me seguir no instagram, ou continuar lendo os demais tópicos deste blog.

Leia também: Principais doenças psiquiátricas e a importância do acompanhamento

Dr. José Augusto | CRM: 5974 SC | RQE 7896
Dr. José Augusto | CRM: 5974 SC | RQE 7896

Psiquiatra Pioneiro e Altamente Capacitado em tratamentos com aplicação de Cetamina para casos de Depressão.

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Cetamina ou Ketamina são medicamentos anestésicos que têm ganhado cada vez mais a atenção do mundo científico quando se trata de alternativas para tratamento da Depressão Resistente.

Neste Blog você descobre tudo sobre essa esperança para o tratamento de depressão resistente.

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